Corresponde à terceira causa mais frequente de vertigem com uma prevalência de 8%, atingindo por igual homens e mulheres. É mais frequente entre a 3 e 6ª década de vida, provocando de forma súbita, vertigem rotatória com duração de horas a dias, acompanhada de náuseas e vómitos, com instabilidade e desequilíbrio. Habitualmente trata-se de um episódio único por diminuição do funcionamento de um dos labirintos.
É fundamental fazer o diagnóstico diferencial, em particular com acidentes vasculares cerebrais especialmente nos pacientes mais idosos e com factores de risco cardiovasculares como hipertensão arterial e diabetes. Pode tratar-se de situações que põem em risco a vida do doente.
Na maioria dos casos é causada por uma infeção viral. O tratamento inicial é dirigido aos sintomas, com medicamentos anti vertiginosos, anti vómitos e corticóides. A recuperação é progressiva e tanto mais rápida quanto mais precocemente os doentes comecem a mexer a cabeça e a caminhar, evitando ficar deitados e no escuro. A recuperação completa pode demorar até 3 meses, persistindo contudo, em maior ou menor grau, diminuição do funcionamento do vestíbulo afetado. A reabilitação vestibular desempenha um papel fundamental ao permitir de uma forma mais rápida e completa a compensação e retorno mais precoce à atividade profissional e às atividades de vida diária. Atenção especial deve ser dada para retomar a condução automóvel, trabalhar em altura ou operar máquinas que possam pôr em risco a vida do próprio ou de terceiros.